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TEMPERATURA E QUALIDADE DA CARNE
TEMPERATURA E QUALIDADE DA CARNE

               A carne quer seja bovina, suína, de aves ou pescados é um excelente meio de cultura para proliferação de bactérias e outros microorganismos. E como quase a totalidade destes não se desenvolve ou tem sua proliferação bastante reduzida quando submetidos a baixas temperaturas, uma boa forma de prevenir que estes microorganismos se desenvolvam neste alimento é produzi-los sob temperaturas controladas.

                Obviamente que o processo de produção de alimentos cárneos saudáveis vai muito além das questões de temperatura. Sendo importante que todo o processo de produção do alimento, desde o abate até a comercialização sejam feitos em ambientes apropriados e higiênicos, visando evitar contaminações, incluindo as microbiológicas.

DESOSSA                Recentemente a população foi exposta a uma peça publicitária de uma das maiores processadoras de carne bovina do Brasil, onde se afirmava que a desossa e embalagem dos cortes de carne eram feitos em ambiente refrigerado. E de fato são. Como também o são em todos os estabelecimentos que trabalham sob a égide do selo do Serviço de Inspeção Federal – SIF.

                Todo bovino abatido depois de dividido no que se denominam meias-carcaças é obrigatoriamente submetido ao frio em câmaras frigoríficas. As carnes só podem sair do frigorífico na condição “in natura” (sem processamento) de duas formas: refrigeradas ou congeladas.

                Mesmo que a comercialização seja feita em quartos (dianteiro e traseiro), carne com osso, estas peças devem estar com temperatura inferior a 7oC (sete graus centígrados), temperatura esta medida no interior da massa muscular. Devendo, portanto, ser obrigatoriamente mantida em câmara fria a temperatura ambiente de 2oC (dois graus centígrados) até que a temperatura da carne seja alcançada. Outro ponto a ser controlado é a temperatura no setor de carregamento destes quartos, que deve ser mantida abaixo de 12oC (doze graus centígrados) evitando-se a elevação da temperatura do produto.

                 Para alguns mercados ou por opção de comercialização estas meias carcaças ou quartos podem ser mantidos em câmara fria na temperatura de 2oC (dois graus centígrados) por mais de 24 horas, constituindo-se um processo chamado de maturação.CÂMARA FRIA

                Caso a carne vá ser comercializada embalada e rotulada, após atingir a temperatura inferior a 7oC (sete graus centígrados), a mesma deve seguir para um setor específico da planta industrial – setor de desossa. Este setor e os subsequentes, que seriam os setores de embalagem primária e secundária, tal como o carregamento, devem ser mantidos a temperatura ambiente de até 12oC (doze graus centígrados). Portanto as imagens reais mostradas na peça publicitária além de normais em todos os frigoríficos são obrigação legal das empresas com SIF.

                Após embaladas e rotuladas os cortes seguem para a estocagem de resfriados, onde permanecem em outras câmaras frigoríficas mantidas a temperatura de 2oC (dois graus centígrados) até a comercialização. Nestes casos o período de validade não é muito longo ficando geralmente em torno de trinta dias.

TÚNEL CONGELAMENTO                Ou os cortes seguem para túneis de congelamento onde são submetidos a uma temperatura de - 35oC (trinta e cinco graus centígrados negativos) até que estejam completamente congelados. Posteriormente vão para a estocagem de congelados onde a temperatura ambiente é mantida a – 25oC (vinte e cinco graus centígrados negativos). Para que estejam aptas a comercialização estas peças de carne devem estar com temperatura interna na massa muscular de  - 18oC (dezoito graus centígrados negativos) para exportação e de - 12oC (doze graus centígrados negativos) para o mercado interno. Nestes casos a validade desta carne gira em torno de um ano, podendo chegar até dois anos dependendo da empresa processadora.

                Após todo este esforço e custo para manter a carne em uma temperatura que dificulte a proliferação microbiológica e que tente preservar o alimento, o que se espera é que o consumidor exerça seu papel de fiscal da sua própria saúde, comprando o produto em locais que mantenham os cortes em temperaturas conforme orientação do rótulo (resfriados ou congelados) e, quando expostos estejam sempre em balcões frigorificados.

SAÚDE INSPEÇÃO ANIMAL

https://saudeinspecaoanimal.comunidades.net/index.php?pagina=1421635107 , em 26/09/2013

 

 

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