Como profissionais da saúde, os médicos veterinários e seus auxiliares se encontram classificados nas prioridades para o recebimento de vacinação contra a COVID-19. Ocorre que com o atraso na aquisição dos imunizantes dos laboratórios internacionais e a demora no fornecimento do ingrediente farmacêutico ativo – IFA para o Instituto Butantã (responsável pela produção da vacina da Sinovac) e para a Fundação Osvaldo Cruz – FOICRUZ (responsável pela produção da vacina da AstraZeneca) a vacinação nacional não tem ocorrido de forma tão célere, retardando inclusive a vacinação dos grupos prioritários.
Neste contexto os médicos veterinários tem tido dificuldade para conseguirem ser vacinados em vários municípios/estados.
O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) encaminhou ofício ao ministro da saúde, Marcelo Queiroga, reforçando os termos tratados em reunião realizada no Ministério da Saúde, em 26 de abril do corrente, para que seja possível agilizar a vacinação dos médicos veterinários no país.
Segundo a autarquia, um dos principais objetivos da iniciativa do CFMV é dirimir o equívoco causado pelo Ofício Circular nº 57/2021/SVS/MS, pois, apesar do documento de 12 de março de 2021, citar textualmente os médicos-veterinários, seus respectivos técnicos e auxiliares entre os profissionais de saúde, outro trecho exclui das prioridades quem atua “nos estabelecimentos de saúde animal”, os quais são listados entre os “demais estabelecimentos de serviço de interesse à saúde”, como academias de ginástica, clínicas de estética, óticas e outros.
Ainda segundo o CFMV, algumas secretarias de saúde têm se amparado no Ofício Circular nº 57 para negar aos médicos-veterinários de alguns segmentos a aplicação da vacina contra a COVID-19. “Isso sobrepõe o disposto no Plano Nacional de Imunização, que não distingue os profissionais da Medicina Veterinária pela área de atuação”, assinala Ana Elisa de Souza Almeida, vice-presidente do CFMV, e que esteve na audiência no Ministério da Saúde.
Como a ampliação da vacinação depende da chegada ao país de novos imunizantes, em especial do laboratório Pfizer e do consórcio Covax Facility (coordenado pela Organização Mundial de Saúde), ainda se tem um certo caminho a percorrer até que os grupos prioritários, incluindo os médicos veterinários e seus auxiliares, sejam efetivamente vacinados.
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