A BRF (Brasil Foods) grupo empresarial do ramo de alimentos, detentor de marcas como Sadia e Perdigão, mais uma vez está envolta em casos de corrupção.
A Polícia Federal deflagrou hoje, 1º de outubro, a 4ª fase da Operação Carne Fraca onde a BRF teria feito pagamentos de propina que chegam aos R$ 19 milhões para servidores do Ministério da Agricultura que atuam na fiscalização.
Estão sendo cumpridos, por aproximadamente 280 policiais federais, 68 mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, sendo nove os estados envolvidos: Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Um dos mandados cumpridos é na empresa União Avícola, no Mato Grosso. A empresa é suspeita de intermediar os pagamentos da BRF aos fiscais.
A Brasil Foods, depois de ser o alvo principal de 3ª fase da operação Carne Fraca por falsificar exames laboratoriais envolvendo a bactéria salmonella para omitir a contaminação em seus produtos, passou a atuar como colaboradora espontânea e indicou que ao menos 60 servidores teriam sido favorecidos com vantagens indevidas (sendo 22 auditores fiscais agropecuários).
Segundo a dona das marcas Sadia e Perdigão, que atuava no polo ativo da prática de corrupção, os R$ 19 milhões envolvidos eram pagos em espécie, ou por meios simulados que envolveriam o custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas que representavam o interesse dos fiscais. Ainda segundo a empresa, as práticas ilegais teriam sido interrompidas em 2017, após uma reestruturação interna do grupo.
A 4ª Fase da Operação Carne Fraca, foi denominada de Operação Romanos. O nome da operação faz referência a diversas passagens bíblicas do Livro de Romanos que tratam de confissão e Justiça.
SAÚDE E INSPEÇÃO ANIMAL
Copyright ©