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FEBRE AFTOSA – MAIS ESTADOS LIVRES
FEBRE AFTOSA – MAIS ESTADOS LIVRES

               A Organização Mundial de Saúde Animal – OIE (sigla em inglês para escritório Internacional de Epizootias), reconheceu oficialmente em sua 82ª Assembléia Geral, realizada em Paris –França, mais sete estados brasileiros e parte do estado do Pará como livre de febre aftosa com vacinação.

                Foram reconhecidos como livre desta enfermidade os estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte e a parte norte do Pará. Somados aos outros estados e mais a parte leste/sul do Pará e o Distrito Federal que já eram considerados livres soma-se 24 unidades federativas. Ainda são considerados infectados os estados de Amapá e Roraima, bem como o Amazonas, com exceção dos municípios de Boca do Acre e Guajará.

Febre aftosa                Santa Catarina é o único estado brasileiro considerado livre sem vacinação, que deverá ser o próximo objetivo nacional.

                Vale lembrar que os novos conceitos de saúde levam em conta não só a ausência de animais doentes, mas também, a ausência de circulação do agente causador no meio ambiente, neste caso o vírus responsável pela febre aftosa.

                Desta forma alguns países continuam a olhar com certa relutância o conceito de livre “com vacinação”, pois se não há circulação viral, seria desnecessário o processo vacinal.

                De qualquer forma esta conquista, que totaliza 78 % do território brasileiro e 98 % do rebanho bovídeo (bovinos e bubalinos), é fruto de trabalho coordenado de órgãos estaduais de defesa animal, médicos veterinários e auxiliares, produtores rurais, e toda a cadeia pecuária, que inclui atores como laboratórios, lojas agropecuárias, recintos leiloeiros, sindicatos rurais, dentre outros.

                Embora a coordenação deste processo seja responsabilidade do Ministério da agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, os repasses de recursos aos estados em valores menores do que o necessário e muitas vezes com atraso, ou até a ausência de repasses anuais, foram fatores que retardaram este desfecho de erradicação e reconhecimento pela OIE. Fatores como outras prioridades políticas nos estados também foram determinantes para os sucessivos atrasos nos cronogramas de erradicação da doença.

                Diferente da copa do mundo da FIFA, que quase nada de legado deixará ao povo brasileiro em face da inépcia das autoridades públicas (quem sabe a seleção nos presenteie com o hexa) o programa nacional de erradicação de febre aftosa – PNEFA deixa o legado da implantação de um sistema eficiente de vigilância ativa e passiva de doenças nos estados, que extrapolam para raiva e outras encefalopatias, brucelose e tuberculose, sanidade dos equídeos, dos caprino-ovinos, suínos, aves e animais aquáticos. Sem contar que a mesma estrutura de fiscalização também é utilizada pela área agrícola, com vários programas implantados de sanidade vegetal.

                Parabéns a todos os envolvidos! Vamos adiante; ainda faltam estados tornarem-se livres de febre aftosa, o combate e erradicação de outras enfermidades também tem que evoluir e tem-se que ter a ousadia de partir para a retirada da vacinação.

SAÚDE E INSPEÇÃO ANIMAL

 

 

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