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Mormo e as Olimpíadas Rio 2016
Mormo e as Olimpíadas Rio 2016

Esta semana uma doença mais comum em equinos, mas que também pode acometer o homem e outros mamíferos, o MORMO, entrou em destaque na mídia nacional. Tudo por causa do suposto sacrifício de equinos do 2º Regimento de Cavalaria de Guarda do Exército, o Regimento Andrade Neves, localizado em Deodoro, zona norte do Rio de Janeiro, nas proximidades do local onde serão disputadas as provas de hipismo da Olimpíada do Rio 2016 e onde ocorrerá a partir de seis de agosto o primeiro evento teste da modalidade, em preparação à competição olímpica.

Todo o problema se originou quando um equino da Polícia Militar do Espírito Santo (PM-ES) que passara pelo campo de pólo (que fica dentro das instalações do 2º Regimento), ainda em novembro de 2014, testou positivo para o MORMO.

2º Regimento de Cavalaria de Guarda - parte da tropaApós a confirmação deste resultado as autoridades do Ministério da Agricultura e do Exército Brasileiro resolveram realizar exames em todos os mais de 500 animais que permanecem no local. A coleta de sangue dos animais para realização dos exames teria terminado ontem conforme informação do Comitê Rio 2016.

O que é o MORMO?

O mormo é uma doença infecciosa causada pela bactéria Burkholderia mallei. A doença acomete solípedes (eqüinos, asininos e muares), podendo ser transmitida ao homem.

É transmitida através do contágio direto, através da inalação de aerossóis infectados ou contato da pele lesada; e contágio indireto, através da ingestão de água e alimentos contaminados, tendo como porta de entrada as mucosas respiratórias e digestivas ou a pele lesada. A característica principal da doença é a formação de nódulos e úlceras no trato respiratório e na pele. Há pneumonia, com a formação de abcessos pulmonares e outras lesões.

Os sintomas respiratórios se caracterizam por tosse, dispnéia e corrimento nasal muco-purulento. Podem ser encontradas úlceras na mucosa nasal e faringe. O animal apresenta emagrecimento progressivo. As lesões cutâneas se iniciam com a formação de nódulos que posteriormente se ulceram, apresentando tumefação dos linfonodos correlatos. Nos casos agudos, ocorre também febre, apatia e anorexia (falta de apetite).

No Brasil, o diagnóstico é através de exame sorológico para pesquisa de anticorpos e confirmação através de teste cutâneo de maleína. Não sendo recomendado o tratamento dos equinos positivos devido a possibilidade de se tornarem portadores inaparentes, mas continuarem a disseminar a doença.

SACRIFÍCIO

Os equinos que forem confirmados como positivos deverão ser sacrificados, como parte das medidas saneadoras do foco da enfermidade, evitando sua disseminação a outros animais e inclusive aos seres humanos.

Como foi detectado a abertura de valas na área do 2º Regimento de Cavalaria de Guarda e alguns oficiais chegaram a falar que seria para o enterro de equinos que seriam sacrificados, conforme informou a Folha de São Paulo, a notícia ganhou repercussão.

Para o sacrifício a legislação nacional prevê o teste confirmatório (prova de maleína), somente não sendo necessário caso os animais dêem positivo para o teste sorológico e apresentem os sintomas da doença e, na hipótese da propriedade ser reincidente em casos de mormo.

Por enquanto nenhum cavalo do 2º Regimento de Cavalaria de Guarda foi sacrificado e, esperasse que, caso o seja, esta decisão se baseie em critérios técnicos envolvendo a saúde da população equina e pública, jamais sob o pretexto de prejudicar qualquer evento hípico teste, mesmo que este esteja correlacionado a principal competição mundial, as Olimpíadas Rio 2016.

SAÚDE E INSPEÇÃO ANIMAL

 
 

 

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