O agronegócio nacional é cada vez mais importante no contexto político nacional, quer seja sob o ponto de vista econômico face a sua imensa participação no produto interno bruto – PIB ou seu superávit na balança comercial, ou sob o ponto de vista de segurança alimentar nacional (e mundial devido ao volume exportado). Mas aspectos como a produção agropecuária sem agredir o meio ambiente ou mitigando esta agressão que venham a garantir a sustentabilidade, questões que envolvem problemas sanitários (pragas e doenças), sua relação com o setor energético (em virtude das bioenergias) e até questões de cunho trabalhista (face ao grande número de empregos gerados no campo e nas agroindústrias) também tornam o tema de vital importância para o País.
Estamos a um mês de uma eleição para presidente, onde os destinos deste país continental serão decididos através da vontade expressa pelo voto (decidido pela maioria) no que chamamos processo democrático onde, conforme afirma nossa Constituição: “o poder emana do povo e para ele será exercido”.
Indiferente a sua estratégica importância, o Agronegócio não é um dos temas que figuram entre as prioridades dos brasileiros. Saúde, educação, segurança, infra-estrutura, emprego aparecem em quase todas as pesquisas com índices de relevância bem maior do que o setor agropecuário.
Existe uma explicação: No agronegócio quem faz é a iniciativa privada. Cabe ao governo regular o setor, dar-lhe suporte de infra-estrutura para produção e escoamento, apoiar com crédito e outros pontos, mas quem produz de fato e é o grande herói desta história se chama PRODUTOR RURAL, quer seja ele pequeno, médio ou grande.
Talvez por esta independência subjetiva o agronegócio nacional continue indo bem.
Em áreas estratégicas e de responsabilidade pública (saúde, educação e segurança) o Brasil, diferente do que ocorre com o agronegócio, costuma figurar entre os piores países do mundo.
Os três candidatos melhores colocados nas pesquisas eleitorais já divulgaram seus planos de governo, estando os mesmos (ou diretrizes) disponibilizados no site do Tribunal Superior Eleitoral – TSE. Acesse os links diretos ao final deste artigo, sendo que em função da fatalidade o link do TSE ainda traz a proposta inicial Eduardo/Marina.
Não cabe ao site Saúde e Inspeção Animal emitir opinião a respeito. O propósito do artigo é alertar a sociedade sobre o que podemos definir como escala de prioridades. De acordo com Maslow, psicólogo americano da primeira metade do século, todas as pessoas consomem seguindo uma hierarquia de necessidades, e o indivíduo só precisará mudar para a próxima etapa quando a demanda for satisfeita.
Portanto, como o agronegócio consegue andar, e estamos em situação bem melhor do que a África Subsariana onde a fome ainda campeia, este setor não figura como prioridade. Ou seja, conforme estabelece Maslow em sua escala de prioridades a preocupação do povo brasileiro está um nível acima, uma vez que sua necessidade alimentar está sanada.
O que vem sistematicamente ocorrendo com o agronegócio é o ditado popular: “Se o governo não atrapalhar já ajuda muito”. Mas para que o Brasil de um salto em qualidade e competitividade precisamos que o Governo Federal cumpra sua parte.
Cabe a União melhorar nossa infra-estrutura (estradas, portos, aeroportos, ferrovias , armazéns, etc.) que pode ser pela via direta (no qual já se mostrou extremamente ineficaz e permitiu a corrupção) ou através de privatizações, concessões, parcerias público-privadas ou o nome que queiram dar para que se cumpra o mesmo objetivo – participação da iniciativa privada em áreas de importância em que o Governo é incompetente/incapaz de realizar a contento. Mas também: reduzir o custo Brasil, que somado a questão de infra-estrutura, inclui uma reforma tributária.
O Governo Federal precisa se tornar, por intermédio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o ator regulador das políticas agrícolas voltadas ao desenvolvimento, ciência e tecnologia, financiamento rural, questões sanitárias, dentre outras. O que estamos presenciando é a inépcia do Governo em várias áreas, como pode ser constatado com o contingenciamento de recursos para a sanidade animal e vegetal e, quando interfere é para esmagar o setor, como no caso da área sucroalcooleira, onde, para manter a inflação sob controle artificial com o controle de preço da gasolina, levou o setor à falência quase que plena.
Escolha seu candidato, pense com consciência no seu futuro e no futuro do País.
SAÚDE E INSPEÇÃO ANIMAL
MARINA (EDUARDO/MARINA):http://divulgacand2014.tse.jus.br/divulga-cand-2014/proposta/eleicao/2014/idEleicao/143/UE/BR/candidato/280000000063/idarquivo/108?x=1406295874000280000000063
MARINA: http://marinasilva.org.br/wp-content/uploads/programa.pdf