Neste domingo, 02 de outubro, os brasileiros escolherão em eleição direta seus representantes no poder executivo e legislativo municipal.
Sem dúvida, trata-se de uma oportunidade dada à população de escolher seus próprios governantes. Ou seja, ruins ou bons, honestos ou não, competentes ou incompetentes, os eleitos serão escolhidos pelo povo. Neste caso nunca é ultrapassada a frase: “O povo tem os governantes que merece”.
A saúde, como obrigação do Estado (poder público), assim definido na nossa Constituição Federal, sempre se torna prioridade nestes momentos, embora saibamos que temos vários problemas nesta e em outras áreas.
Neste Brasil continental os problemas referentes à saúde decorrem de vários fatores: falta de recurso, recursos mal utilizados, recursos desviados, recursos roubados... falta de profissionais, profissionais mal remunerados e desestimulados, péssimas condições para atendimento, que passam por estruturas inadequadas e comprometidas, equipamentos ausentes, desatualizados ou danificados, falta de materiais básicos de consumo, e por aí vai.
A saúde é algo muito amplo, que se inicia na prevenção das doenças, que passa por saneamento básico, higiene pessoal (educação), controle de vetores (como por exemplo: insetos) e dos reservatórios e hospedeiros naturais das doenças (como roedores, cachorros, etc...).
Neste contexto amplo de saúde, que inclui saúde humana, animal e ambiental, que se intitulou saúde única, se insere o médico veterinário. Não por acaso tal profissional já é parte integrante nos Núcleos de Apoio a Saúde da Família – NASF, que coordenam todas as equipes de saúde da família distribuídas nos municípios brasileiros.
Apenas para citar algumas doenças “em evidência” que são transmitidas por animais ou tem estes como reservatório ou hospedeiros: raiva, a tríade – zika, dengue e chikungunya, leishmaniose visceral (calazar) e tuberculose. Lembrando também da incidência de tóxico infecções alimentares que podem ser transmitidas, na maioria das vezes, por produtos de origem animal.
Voltando às eleições. Sendo os eleitores quem verdadeiramente define quem tomará conta da SAÚDE ÚNICA, cabe a estes eleitores escolherem pessoas que tenham, de fato, entre suas preocupações a saúde pública em seu contexto amplo de saúde única.
Se o “cobertor é curto” quando se fala em orçamento e recursos públicos, não podemos nos dar ao luxo de escolhermos representantes que não consigam entender e defender a saúde como um direito de todos, que se inicia na prevenção das doenças e, neste caso, com o apoio indispensável de equipes multidisciplinares de saúde, mas nunca sem o apoio de médicos (as) veterinários (as).
SAÚDE E INSPEÇÃO ANIMAL